Um dos primeiros homens a estudar científicamente os peixes foi o sábio grego Aristóteles que descreveu inúmeras espécies de peixes em seus trabalhos. Este foi o início da Ictiologia que é o estudo dos peixes. Nos tempos antigos, os gregos e romanos já criavam peixes ornamentais em banheiras especiais. Foram encontrados tanques especiais para armazenar peixes em ruínas Maias e Astecas.
Sabe-se que a origem de manter peixes em tanques pode ter sido originada na China, quando em tempos de dilúvios , peixes eram represados em tanques. Dados demonstram que a partir dessa pratica, o povo Chinês começou a reproduzir Carpas (Ciprynus carpio) em 2000 AC.
Segundo alguns estudiosos do assunto, o pai da aquariofilia é Chang Chi en Tsê , chinês, que em 1596 escreveu “Manual Prático” sobre espécie dos peixes denominados popularmente peixes japoneses, ao qual deu o nome de ” Livro dos Peixes” ou “Chu Sha Jou”, em idioma chinês.
Willian Thorton Innes foi o maior aquariologo que o mundo conheceu,o mestre dos mestres, o homem que dedicou sua vida ao serviço da aquariologia. Innes foi o pioneiro dos estudos sobre peixes ornamentais. Suas obras percorreram os quatro cantos do mundo. O grande aquariologo nasceu na cidade de Filadélfia , estado de Nova Jersey, no ano de 1874. Dedicou-se, também à arte da fotografia tendo como resultado excelentes fotos em preto e branco e em cores, sobre peixes, aquários , plantas aquáticas e tudo o mais pertinente ao “hobby”.
Em 1908, o grande mestre publicou seu primeiro livro sobre peixes ornamentais e aquários. Em seguida, apresentou a primeira revista americana especializada sobre o assunto, “The Aquarium”, no ano de 1914. Prosseguindo seu estudos, Innes lançou, em 1917 o livro intitulado ” Goldfish Varieties and Tropical Aquarium Fishes ” . Suas publicações, embora de cunho científico, forma escritas de maneira simples e objetiva ensejando, dessa maneira , o aprendizado de toda uma gama de ciências naturais por parte de milhares de leitores.
Entre numerosas obras de Innes, uma tornou-se a bíblia do aquarismo – “Exotic Aquarium Fishes”, a monumental obra da bibliografia aquarística, peça obrigatória em todas as bibliotecas especializadas do mundo.
Quem tem a aquariofilia por passatempo, cedo descobre que há uma sucessão desorientadora de nomes vulgares para os seus peixes. Muitas vezes uma espécie parece possuir vários nomes diferentes, ou, por vezes, o mesmo nome é usado para diferentes espécies em diferentes países. O nome mundial, definitivo, de um peixes é o seu nome latino, que se escreve em itálico, geralmente. O nome latino é o mais fidedigno a ser usado se pretende fazer uma identificação. E alguns peixes nem sequer possuem nomes vulgares.
No século XVIII, o naturalista sueco, Carl von Linné, também conhecido por Karl Linnaeus, inventou um esquema para classificar plantas e animais que lançou os fundamentos do atual. Linnaeus estabeleceu o sistema pelo qual um só espécime (holótipo) guardado num dos museus nacionais do mundo é reconhecido como o padrão para toda a espécie. Fixou a forma dos nomes latinos que hoje se utiliza, embora o esquema originário tenha sido modificado em pequenos pormenores, com os anos.
Atualmente uma comissão internacional reúne-se para estabelecer as regras da classificação. Estão estabelecidos vários níveis de classificação, de forma a que as espécies possam ser inseridas num grupo, assim como agrupadas com outras num outro filo, etc. No século XVI, alguns estudiosos publicaram livros sobre os peixes, porém, o primeiro livro publicado sobre o assunto foi de um chinês é o livro chamava-se “Livro dos Peixes Vermelhos”. Este livro data de 1596 e descrevia pela primeira vez como deveriam ser alimentados os peixes e protegidos contra o frio para que pudessem sobreviver. Por isso, este chinês é considerado o primeiro aquarista da história. Em 1758, ocorreu uma revolução nas Ciências Naturais com a criação por Linneu do seu sistema de classificação da espécies. No século XIX, é que realmente a aquariofilia se desenvolveu, principalmente na Inglaterra.
Estudiosos como Johnston, Warrington, Brande e Ward descobriram alguns dos principais conceitos sobre a conservação de peixes em tanques e aquários. Destes estudos surgiu o conceito de “aquário compensado”. Foi também na Inglaterra que foi construído o primeiro aquário público em 1853. No Brasil, o pioneiro foi Sigeiti Takase, nascido no Japão em 1901, que introduziu mais de 50 espécies de peixes ornamentais no Brasil oriundos da Ásia.
Durante os anos 80, o aquário balanceado foi considerado o único método de manter peixes. O Aquário Balanceado consistia em um tanque com água onde as plantas e o oxigênio atmosférico supriam as necessidades dos animais, e a maioria dos produtos formadores de matéria orgânica eram consumidos por microorganismos e plantas.
Nos anos 90, aeração e filtros mecânicos eram o supra-sumo da modernidade. Entretanto em 1950 o Filtro Biológico de Fundo foi inventado para o bem da aquariofilia mas as pessoas não entendiam como aquilo realmente funcionava, ficou um clima de mistério que foi logo desvendado com a ciência e deu um grande avanço para a indústria de aquários.
Em 1974 o sucesso comercial estava voltado para a criação e reprodução de peixes ornamentais marinhos que começou a ocorrer em 1975 por Martin Moe e Chris Turk do Aqualife Research e Frank Hoff e Tom Frakes do Instant Ocean Hatcheries onde criaram três espécies de peixes palhaços, Ocellaris (Amphiprion ocellaris, ), o Tomate ( A.frenatus ) e o Clarki ( A.clarkii. ).